Do alto da Cidadela, um dos pontos mais altos da capital da Jordânia, é possível avistar toda a grandiosidade do anfiteatro romano de Amã e perceber a importância dessa construção do século II d.C., encravada numa colina deliberadamente escolhida para proteger os espectadores do sol.
O anfiteatro de Amã é um belo remanescente dessa instituição tão clássica do mundo greco-romano.
Com capacidade para seis mil pessoas, era dividido em setores destinados a três castas: os nobres ficavam na parte baixa, mais próxima aos atores. Para o imperador e os governantes, um local era especialmente reservado na parte baixa, centralizada ao palco e oferecendo perfeita visão.
Na parte acima, destinada à casta mediana, ficavam os militares e provavelmente os comerciantes. O último setor, o mais alto e afastado do palco, era destinado à população em geral.
A fala dos atores, porém, era audível em qualquer parte do anfiteatro, mesmo nos níveis mais altos, devido à acústica projetada para atender a todos os setores da edificação.
A parte alta do anfiteatro era adornado com estátuas de deuses e esculturas.
Nas laterais do palco, havia salas de apoio aos espetáculos, onde ficavam músicos, atores e ajudantes.
Até hoje, na atual Amã, o anfiteatro é usado esporadicamente para eventos culturais, como grandes óperas.
Em frente ao anfiteatro, altas colunas ainda permanecem como únicas remanescentes de um extinto fórum romano.
(Este post é um capítulo de meu livro “Tesouros Históricos da Jordânia”, de 2014, ISBN 978-85-67911-00-7)
Fotos, videos e textos por Marcelo Ozorio
Marcelo Ozório no Anfiteatro Romano de Amã – Jordânia